terça-feira, 5 de outubro de 2010

Mulheres X Homens: machismo


O homem e a mulher; dois seres que dependem um do outro. Pessoas com características físicas, biológicas e psicológicas completa e incrivelmente diferentes. Cada qual com um papel imprescindível a exercer na sociedade. "Uma história de simetria e equilíbrio; céu e inferno; noite e dia; quente e frio; Deus e Satã. O inevitável confronto da luz e das trevas." (NÃO! Esse último trecho em destaque não é meu. Pertence ao livro "Anjos e Demônios" e eu achei apropriado para a ocasião).

Eu sou autenticamente feminista. Quer dizer, não tanto, mas o necessário para os dias de hoje. Percebi, depois de várias reflexões, que o "machismo" do século XXI é um tanto quanto diferente -talvez mais moderno - que o machismo dos séculos anteriores. Isso não é uma descoberta fantástica. Todos sabemos, pois o mundo está em constante mudança. Antes, havia quase como uma "predestinação". A visão da figura feminina era limitada. Cabia-lhes o papel de reprodutora, mãe, objeto sexual, dona de casa e nada mais. Elas não faziam nada que fugia esse âmbito. As mulheres, devido ao avanço social, ganharam um grande e significativo espaço na sociedade no século passado. Orgulho-me disso! O dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, é comemorado em homenagem as operárias de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque que morreram queimadas reivindicando redução da jornada de trabalho e aumento salarial.

O "machismo moderno" desse século não é nem um pouco semelhante ao do século passado. Não chega nem perto. O machismo de hoje é muito mais vulgar. É diferente. Fundamenta-se no conceito de submissão sexual, moral e de capacitação. Cito um exemplo de fácil assimilação: o garoto é o pegador, ganharão que fica com um monte de meninas na balada. Enquanto a menina fica com dois meninos e é a "piriguete". Agora pergunto, qual a diferença? Naturalmente, a primeira resposta que vem a cabeça é: "a menina tem que se dar ao respeito". Concordo, mas em partes. E o garoto? A resposta: "ele é menino". Ele é menino e ela é menina, mas de qualquer maneira, NÃO HÁ DIFERENÇA. A dessemelhança é um conceito imposto há muito pela sociedade. Afirmo convictamente que, tanto o homem como a mulher tem papéis fundamentais na sociedade.

Vi na televisão algumas reportagens sobre drogas: o famoso "esquenta" antes das baladas, os pontos de compra e venda das substâncias, os jovens e traficantes sendo abordados pela polícia, entre outras coisas. Em meio a esse esquema, algumas meninas, prostituiam-se para adquirir a droga. Todavia, estavam tão drogadas que mal sabiam o que estavam fazendo. Embora o foco da reportagem fosse as drogas e os traficantes, eu não consegui prestar a devida atenção nisso, depois de ver a que essas jovens estavam se submetendo. Vulgaridade absoluta. Obscenidade.

É simplesmente inaceitável. São motivos e oportunidade que meninas como essas dão aos homens para afirmarem o machismo. Existem dados comprobatórios que indicam que, no mundo, há pelo menos 7 mulheres para cada homem. Ou seja, mais mulheres do que homens no planeta azul. (Tudo isso em decorrência das guerras - civis e entre países - que ocorreram e ocorrem). Raciocinemos, portanto. Se há mais mulheres que homens no mundo, por que é que é que em pleno século XXI - era da informação, tecnologia, avanço social e economico - o machismo ainda impera na sociedade? Para mim, sinceramente, é uma pergunta sem resposta. Significa que isso só ocorre porque nós admitimos.

Transcrevo (novamente) outro trecho da constituição brasileira: "Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;" Não existe diferença. Já houve, mas não há mais! Eu, como mulher, não admito esse tipo de imposição social. Não vou me acostumar e aceitar esse sistema. O Brasil, embora seja moderno, liberal e diferente, ainda é um país completamente machista. E eu espero que isso mude. Afinal, eis o país da superação. Eis a grande surpresa do cenário global. Como mudar isso? Eu, sozinha, não mudo. Precisamos de todas as mulheres para tal mudança. Conseguimos tanto até agora, por que não conseguir mais um pouco? Por que superar mais essa dificuldade?

Mais um! Estou sem ritmo ainda nos posts, mas na medida em que vão sendo publicados, eu vou divulgando. Nas próximas semanas, provavelmente, o blog vai ficar meio parado. Início de 4º bimestre. SAUDAÇÕES!